Design de interiores: Elementos principais
O processo de design de interiores e da decoração de um espaço acaba por ser uma receita com vários ingredientes. Da mesma forma que cozinhar se revela um todo entre pequenas partes, o design de interiores integra diversas partículas que integram o resultado final de um projeto.
Começamos pelas tonalidades e pela cor:
Todos nós temos uma preferência por uma ou várias tonalidades específicas. Costuma-se dizer que a cor reflete a personalidade de cada um e a sua forma de olhar para objetos, cenários ou paisagens. A cor é o elemento inicial de um processo de design de interiores tal como é a visão que temos sobre as mesmas. O nosso processo integra o significado e escolhas pessoais numa palete técnica adequada a cada espaço. Não gostamos de estabelecer limites mas sim filtros que integrem essa mesma personalidade no resultado final.
Para uns as cores marcantes são sinónimo de paixão ou intensidade. Para outros as cores claras são sinais de calma e tranquilidade. O mais importante é integrar cada espaço e o seu conjunto no cenário cromático de um processo de decoração de interiores. É importante também que exista uma ambiente integrado e uno por vezes pincelado com um pequeno arrojo ou apontamento. São sempre os detalhes que fazem a diferença. Em termos de tendência cada vez mais se utilizam tonalidades suaves de forma a que sejam os objetos a definir os apontamentos de decoração. Seja qual for o resultado, o mais importante é a abordagem técnica e os diversos testes e cenários que sejam fornecidos para escolha.
The Meraki by LUXE Design Atelier
A forma dos objetos e dos espaços:
A forma entrega-nos as linhas e contornos de vários objetos: mobiliário, sofá, peças de arte entre outros. Mais uma vez existe uma tendência de uniformização e integração destas formas num conjunto que entregue linearidade. Continuam a ser por vezes os pequenos detalhes de uma decoração a definir formas de arrojo ou apontamento especial. As formas podem ser também naturais, abstractas ou geométricas. Imagine-se a textura e padrão de um tapete ou uma peça de arte específica.
The Architect house by LUXE Design Atelier
A luz e a iluminação:
Somos claramente suspeitos na análise ao tema da luz e da iluminação. É o que nos define. Entendemos a iluminação como um processo que é demasiadas vezes ignorado ou deixado para o fim de um processo. A luz assume-se como fundamental na visão de um espaço e na capacidade de vestirmos um cenário adequado aos vários ambientes de uma casa seja através de candeeiros suspensos, apliques, iluminação para a cozinha ou espaços com iluminação exterior. Dividimos a nossa análise em cenário técnico e funcional e decorativo.
A qualidade da iluminação afeta diretamente a nossa percepção de um espaço e dos objetos existentes no mesmo. Temeraturas de luz, ambientes de trabalho ou de leitura, são fatores essenciais na definição do cenário de luz. A tendência existente é a utilização de luzes indiretas, em confronto com a iluminação direta tradicional e a focalização de objetos ou recantos que necessitem de uma iluminação direta ou técnica. Espaços de trabalho como uma cozinha ou escritório com temperaturas de luz natural e recantos de leitura ou ambientes de quarto com luz de temperatura mais quente e suave.
The Old house by LUXE Design Atelier
As linhas:
A linhas de um processo de design de interiores adequam-se ao espaço e medidas existentes bem como ao conceito e visão particular de cada um. Mais uma vez reforçamos a ideia que o processo de design e decoração não é um segredo ou imposição de quem o executa mas sim a transformação e liderança do processo de cada um. Nós somos meros facilitadores de um resultado final.
As linhas são geralmente dinâmicas, horizontais ou verticais. O conceito técnico em relação a cada uma varia entre si em função do conceito que seja definido. Um espaço que necessite de uma visão mais divertida (dinâmica), segura e uniforme (horizontal) ou arrojada e expressiva (vertical).
The CEO project by LUXE Design Atelier
O padrão:
O padrão ja foi visto em tempos como o elemento dominante na marcação e visualização de um espaço: paredes inteiras com papel de parede, tapetes ou diversas materiais têxteis e de estofo (sofás, almofadas, etc), com a utilização de padrões diversos. Temos por conceito ser brandos e assertivos na nossa análise. Um espaço deve refletir a personalidade de diversos elementos e recantos. Podemos ter, no limite inferior, uma visão minimalista e desapegada em constraste com um conceito rico em tonalidades e acabamentos de luxo. Não existe, no que a ambientes diz respeito, uma escala de melhor ou pior - apenas decisões que entreguem o resultado e conceito desejado. O padrão deve refletir a repetição das formas tendo em conta que as mesmas interferem diretamente com todo o processo de vivência do espaço.
The Valley project by LUXE Design Atelier
As texturas:
Linhos, veludos, tecidos texturados e um manancial de opções existentes para vários fins. Após existir uma correta identificação das formas e linhas, as texturas são o que define a vista dos objetos ou divisões. As texturas são objetivas pelo toque e sensoriais pela informação que entregam. Além da textura dos objetos é de extrema importância entender outro tipo de texturas como os pavimentos, cerâmicos e materiais de acabamento dado que são esses que integram e absorvem toda a decoração de um espaço.
The Elevator project by LUXE Design Atelier
A visão e o espaço:
O final do processo acaba por ser o elemento de decisão final de qualquer elemento de design de interiores. No espaço e na visão geral integramos elementos de cor e tonalidade, objetos, iluminação, linhas, padrões e texturas. Por norma temos por hábito iniciar qualquer processo com uma rápida definição e desenho em 2D que nos permita integrar com uma visão espacial e alargada todos os elementos. A visão em 3D acaba por ser o culminar de um processo que já tem escolhas e definições importantes.
Cada vez mais utilizamos novas tecnologias que ao longo do processo se assumem como primordiais: se noutros tempos o 3D se revelava um projeto inicial em relação ao qual o mercado ainda utiliza como prática um custo associado e posteriormente uma venda, temos como visão que a tecnologia em ambientes de realidade aumentada e projeção imediata se revelam fundamentais para o o início de um processo. Critérios de espaço e regras de circulação entre objetos, volumetrias e conceito final são o culminar de um processo de decisões que nos levará a um outro artigo sobre as etapas do processo de decoração.
LUXE Design Atelier | Decoração, Iluminação e Design de Interiores